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Publicado em: 27/06/2025 - Atualizado em: 26/06/2025
Você passou por um procedimento cirúrgico e tudo correu bem. Porém, ao tentar se levantar, surge uma dor de cabeça intensa e persistente. Movimentos simples, como tossir ou olhar para baixo, parecem piorar o desconforto.¹
Esse cenário pode indicar a cefaleia pós-raqui, uma complicação da anestesia raquidiana.¹
A dor ocorre quando há vazamento do líquido cefalorraquidiano, o que reduz a pressão dentro do crânio. Embora, na maioria dos casos, os sintomas desapareçam sozinhos, o impacto no bem-estar é grande.¹
Continue a leitura para entender por que essa anestesia causa dor de cabeça e como aliviar!
Resumo:
Conteúdos relacionados:
A cefaleia pós-raqui é uma dor de cabeça que pode surgir depois da aplicação da anestesia raquidiana, também chamada de "raqui" ou anestesia espinhal.¹
Os médicos usam essa anestesia em diversas cirurgias ao injetar medicamentos na região da coluna na qual circula o líquido cefalorraquidiano, que protege o cérebro e a medula espinhal.¹
Essa anestesia causa dor de cabeça porque, na aplicação, a agulha pode abrir um pequeno espaço pelo qual o líquido cefalorraquidiano escapa.¹
Com menos líquido disponível, a pressão dentro da cabeça diminui e provoca dor, principalmente quando a pessoa se levanta ou faz movimentos como tossir ou espirrar.¹
Esse tipo de cefaleia pode aparecer logo após a anestesia ou levar alguns dias para surgir. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem sozinhos em cerca de uma semana.¹
Apesar do desconforto, essa condição não costuma trazer riscos graves para a saúde.¹
A cefaleia pós-raqui pode ocorrer por diversos fatores que aumentam as chances de o líquido cefalorraquidiano vazar, reduzir a pressão dentro da cabeça e causar dor.¹,²
Confira os principais riscos da cefaleia pós-raqui!
Idade
Pessoas entre 20 e 40 anos correm maior risco de cefaleia pós-raqui.¹,²
Esse risco diminui progressivamente com o avanço da idade, sendo menor após os 50 anos. Com o envelhecimento, a membrana que envolve o líquido cefalorraquidiano se torna menos elástica, o que dificulta o vazamento.¹,²
Sexo
Mulheres têm maior probabilidade de sentir essa cefaleia do que os homens, sobretudo antes da menopausa.¹,²
De acordo com estudos, esse risco pode estar relacionado a diferenças hormonais e à forma como as mulheres processam a dor.¹,²
Índice de Massa Corporal (IMC)
Pessoas com baixo IMC apresentam maior risco de cefaleia pós-raqui.¹,²
Curiosamente, a incidência é menor em pessoas com obesidade mórbida, pois a gordura abdominal aumenta a pressão dentro do abdômen e reduz o vazamento do líquido cefalorraquidiano.¹,²
Gravidez e parto
Mulheres que passaram por um parto normal têm um risco maior de desenvolver a cefaleia.¹,²
Essa questão pode ter relação com o aumento da pressão dentro do abdômen durante o trabalho de parto, às mudanças hormonais e à perda de líquidos no pós-parto.¹,²
Histórico de cefaleia
Pessoas que já tiveram cefaleia pós-raqui anteriormente correm maior risco de apresentar o problema novamente.¹,²
Alguns pesquisadores sugerem que enxaquecas ou dores de cabeça crônicas podem aumentar essa predisposição, mas ainda não há consenso sobre essa questão.¹,²
Técnica da anestesia
A forma como os especialistas aplicam a anestesia influencia o risco da cefaleia.¹,²
Mesmo que seja comum que esse tipo de dor de cabeça desapareça por conta própria, há alguns cuidados que você pode tomar para amenizar o desconforto!
Comece com o simples. Essas são as recomendações primárias para amenizar a dor de cabeça:²,³
A cafeína pode reduzir a cefaleia pós-raqui porque contrai os vasos sanguíneos dentro do crânio. Médicos costumam recomendar:³
Apesar de proporcionar alívio, nem sempre a cafeína resolve o problema de forma definitiva e a dor pode voltar.³
Se a dor persistir, os médicos podem usar um tampão sanguíneo epidural.²,³
Nesse procedimento, o anestesiologista retira 10 a 30 ml do sangue do próprio paciente e o injeta no espaço epidural da coluna. O sangue se espalha e forma um "remendo" no local da aplicação, o que impede a saída do líquido cefalorraquidiano.²,³
Essa opção reduz a dor em 75% a 90% dos casos e pode ser repetido se necessário. O tampão sanguíneo epidural representa o tratamento mais eficaz para casos graves e continua sendo a melhor opção disponível.²,³
Se o tampão sanguíneo não for uma opção, os médicos têm a alternativa de injetar solução salina no espaço epidural. O procedimento aumenta a pressão e reduz o vazamento do líquido cefalorraquidiano.²,³
Apesar de ajudar, essa técnica de como aliviar a dor de cabeça pós-raqui exige o uso de um cateter epidural por alguns dias e apresenta menor eficácia do que o tampão sanguíneo.²,³
Neosaldina pode ser um analgésico aliado no combate à dor de cabeça pós-raqui com ação a partir de 15 minutos. Sua composição inclui dipirona, mucato de isometepteno e cafeína, princípios ativos que atuam de maneira complementar para reduzir o desconforto.⁴
A dipirona diminui a percepção da dor, enquanto o isometepteno contrai os vasos sanguíneos dilatados na cabeça, um dos fatores que contribuem para esse problema.¹,⁴
Já a cafeína, conhecida por sua ação vasoconstritora, pode reverter a dilatação das veias intracranianas e fornecer alívio temporário.¹,⁴
Como você viu ao longo deste artigo, é possível que este tipo de anestesia cause dor de cabeça. Se o desconforto for moderado e não houver contraindicações, a Neosaldina serve para cefaleia pós-raqui como um recurso inicial.¹,⁴
No entanto, diante de sintomas intensos ou duradouros, busque atendimento médico para garantir um tratamento adequado e uma recuperação tranquila.¹,⁴
Neosaldina. Comprimido revestido. dipirona, mucato de isometepteno, cafeína. Indicações: analgésico e antiespasmódico para o tratamento de diversos tipos de dor de cabeça, incluindo enxaqueca ou para o tratamento de cólicas. MS 1.7817.0899. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Março/2025.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, com residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, concluída em 1996. Atuou na liderança de unidades hospitalares e maternidades entre 2004 e 2005, onde adquiriu sólida vivência em gestão médico-hospitalar.
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