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Neuralgia é uma dor intensa nos nervos, que causa hipersensibilidade, desconforto e cefaleias crônicas. Entenda o que provoca o quadro e como tratá-lo.
Publicado em: 27/08/2024 - Atualizado em: 26/09/2025
A neuralgia é uma condição que pode transformar pequenas sensações em dores intensas e debilitantes, o que afeta diretamente a rotina de quem convive com o desconforto 1.
Os nervos, responsáveis por transmitir sinais entre o corpo, o cérebro e a medula espinhal, podem ficar irritados ou danificados, e causar incômodos que vão desde pontadas repentinas até sensações de choque 1.
Essa dor intensa nem sempre é fácil de identificar e, muitas vezes, pode se confundir com enxaquecas ou outros tipos de cefaleia, o que dificulta o diagnóstico 1.
Neste artigo, você vai descobrir o que piora a neuralgia, os diferentes tipos que existem, como identificar os sinais e quais são os tratamentos mais indicados para melhorar a qualidade de vida.
Resumo
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Também chamada de nevralgia, é uma doença que ocorre quando os principais nervos do corpo ficam irritados ou danificados. Esses tecidos estão ligados ao sistema nervoso central e periférico ou à medula espinhal. Por esse motivo, quando atingidos, podem causar uma dor intensa, pulsátil e debilitante 1.
As cefaleias crônicas e recorrentes são os principais sintomas da condição. O desconforto é sentido em diferentes partes da cabeça e do pescoço, dependendo do nervo atingido 1.
Por exemplo, a nevralgia do trigêmeo, localizado na frente das orelhas, costuma causar dor na face. Já a nevralgia occipital atinge a parte de trás dos olhos e vai até o pescoço 1.
Para receber um diagnóstico adequado e tratamento capaz de aliviar os sintomas com eficiência e segurança, é essencial buscar atendimento médico 1.
Existem diferentes tipos de nevralgia, em sua maioria são classificados de acordo com o nervo específico que foi atingido. A causa e o mecanismo de ação é comum para todos eles. A diferença principal é o ponto focal da dor 1.
Conforme explicado, os sintomas dependem das características gerais da doença, como causa ou nervo atingido. Assim, o incômodo pode ser sentido em um local específico do rosto, cabeça, pescoço ou tórax, entre outras partes do corpo 1.
A nevralgia pode ser dividida entre central e periférica. A primeira ocorre quando os nervos atingidos estão no cérebro ou na medula espinhal, já a segunda atinge o sistema nervoso periférico. Além dessa separação, o quadro pode ser classificado pelos tipos 1:
O herpes-zóster é uma erupção cutânea causada pelo vírus da varicela-zóster, que também é responsável pela catapora. A doença pode formar bolhas dolorosas e cheias de líquido. Em certos casos, mesmo após as feridas desaparecerem, a dor continua, pois nervos subcutâneos foram atingidos 2.
Nessas situações, ocorre a nevralgia pós-herpética. Mais comum em pessoas idosas, a doença causa dor crônica nas áreas da pele ligadas aos nervos infectados. O desconforto pode ser incapacitante, manifestando-se tanto de maneira contínua quanto intermitente 2.
Além do incômodo, durante a herpes-zóster você pode sentir outros sintomas, como 2:
O nervo trigêmeo, localizado próximo à orelha, é responsável por transmitir as sensações do rosto para o cérebro. Os sintomas variam de dor facial leve à intensa, afetando a cabeça e provocando a cefaleia 3.
Apesar de a origem da nevralgia do trigêmeo ainda ser desconhecida, médicos acreditam que se trata de um processo degenerativo que resulta na perda da membrana de proteção desse nervo, causando descargas elétricas 3.
É por esse motivo que as dores aparecem como pontadas fortes desde a parte frontal do couro cabeludo até a ponta do queixo, afetando, em sua maioria, pessoas acima de 55 anos 3.
Como afeta um nervo tão importante, provoca um estímulo descontrolado em regiões do cérebro. Geralmente, as crises se manifestam após pequenos estímulos sensoriais, podendo começar com um simples toque no rosto 3.
A dor de cabeça é fruto do aumento das atividades nervosas cerebrais e pode ser tão intensa quanto a própria dor da nevralgia. Como ela tende a ser crônica, é possível que retorne, interferindo na qualidade de vida da pessoa afetada 3.
Os nervos occipitais se ramificam pelo couro cabeludo na parte de trás da cabeça e vão até a região posterior dos olhos. A neuralgia occipital ocorre quando essas estruturas são danificadas ou sofrem com inflamações, causando crises de dor latejante na nuca, pescoço, couro cabeludo e atrás dos olhos 4.
Quem sofre dessa condição, também pode sentir choques e queimação ao redor do nervo. As crises são intermitentes ou contínuas, dependendo do caso. Por conta da localização, pode ser confundida com cefaleia tensional 4.
A neuralgia intercostal afeta os nervos na região do tórax e abdômen, causando desconforto ao redor das costelas, costas, peito e barriga. Também conhecida como neurite intercostal, é resultado de uma inflamação dessas terminações nervosas 5.
Nesse caso, a dor costuma irradiar para áreas adjacentes, sentida como choque, pontada, rigidez ou queimadura. Pode ocorrer acompanhada de cãibras, dormência ou formigamento nos músculos. A prática de atividades físicas pode servir de gatilho para a condição 5.
Os nervos glossofaríngeos ficam na parte posterior da garganta, próximos às amígdalas e faringe. Eles se estendem até a parte de trás dos olhos e pela mandíbula. Quando comprimidos, irritados ou inflamados, a nevralgia glossofaríngea ocorre em crises recorrentes de dor intensa 6.
Apesar do desconforto extremo, os ataques são relativamente curtos. Os gatilhos para os episódios costumam ser ações rotineiras, como mastigar, engolir, tossir e espirrar. A partir daí, a dor começa do fundo da garganta e irradia para a língua, normalmente de maneira unilateral 6.
O nervo pudendo fica ao redor do períneo e é responsável pela capacidade motora e sensitiva das partes íntimas. A nevralgia pudenda é uma compressão dessas terminações, comum em pessoas com mais de 40 anos, afetando principalmente as mulheres 7.
A dor se estende do reto até os órgãos genitais, ocorre principalmente ao sentar e pode ter início após ter relações sexuais ou ir ao banheiro 7.
Em geral, as causas costumam ser desconhecidas. No entanto, existem fatores que são frequentemente associados ao quadro, como é o caso de 1,8.
Agora que você já sabe o que causa a piora da neuralgia, entenda quais são os tratamentos possíveis.
Os casos são crônicos e não têm cura, mas o tratamento para desinflamar a neuralgia é essencial para combater a dor intensa e recuperar o bem-estar de quem sofre com essas condições 1,8.
É essencial que um médico seja consultado assim que os sintomas aparecerem. Isso porque só com o diagnóstico feito por meio de uma série de exames, o especialista pode indicar o tratamento correto, já que a dor não vai embora tão facilmente 1,8.
A duração da neuralgia depende do tipo e da gravidade. Além disso, os remédios para aliviar a dor podem ser administrados via tópica, oral ou por injeção, aplicada diretamente nos nervos atingidos 1,8.
Entre as possíveis recomendações, podemos destacar 1,8:
A dor neuropática é um tipo de dor causada por lesão, irritação ou disfunção dos nervos do sistema nervoso central ou periférico. Diferente da dor comum, que surge devido a inflamações ou danos nos tecidos, essa dor é resultante de sinais elétricos anormais que os nervos danificados enviam ao cérebro 1.
A condição provoca sensação de choque, queimação, formigamento e pode ser crônica, intensa e debilitante 1.
O CID da neuralgia é G500. A classificação permite identificar corretamente a condição em registros médicos e facilitar o acompanhamento do tratamento, além de diferenciá-la de outras dores crônicas ou cefaleias 9.
O que piora a neuralgia são fatores que aumentam a irritação ou a pressão sobre os nervos afetados. Movimentos repetitivos, toque na área sensível, estresse, trauma físico, envelhecimento ou inflamações podem intensificar as crises de dor. Infecções prévias, como herpes-zóster, e condições médicas associadas, como distúrbios renais, também contribuem para o agravamento do quadro 1,2,8.
O tempo de duração da neuralgia depende do tipo e da gravidade do quadro. Algumas formas, como a pós-herpética, podem persistir por semanas a meses após a infecção, enquanto outras, como a do trigêmeo ou occipital, podem se tornar crônicas, com crises recorrentes ao longo da vida 1,3,4,8.
O tratamento adequado pode reduzir a frequência e intensidade das dores, mas a condição tende a ser duradoura, o que exige manejo contínuo 1,3,4,8.
Saber como desinflamar neuralgia envolve a combinação de medidas médicas e terapêuticas voltadas para reduzir a irritação nos nervos e aliviar a dor. É possível usar analgésicos, anti-inflamatórios, anticonvulsivos e antidepressivos, aplicar cremes de capsaicina, realizar sessões de fisioterapia e terapia comportamental e, em determinados casos, a cirurgia pode aliviar a compressão do nervo.
É fundamental consultar um médico para definir o tratamento mais adequado ao tipo e à intensidade dos sintomas 1,8.
O tratamento para desinflamar a neuralgia deve começar com a avaliação de um médico, preferencialmente um neurologista, que pode identificar o tipo e indicar o tratamento adequado. Conforme o caso, fisioterapeutas e especialistas em dor podem auxiliar na reabilitação. Em alguns casos, como na pós-herpética ou trigeminal, pode ser necessário acompanhamento multidisciplinar com psiquiatras ou clínicos especializados em manejo da dor crônica 1,8.
Alguns tipos de cefaleia, como a tensional e certos episódios de enxaqueca, se confundem com nevralgia devido à intensidade e à localização da dor. A neuralgia, especialmente a do nervo occipital, provoca dor latejante na nuca, couro cabeludo e região atrás dos olhos, podendo ser percebida como choques ou queimação. Logo, a avaliação médica é essencial para diferenciar o quadro e indicar o tratamento adequado 1,4.
Como vimos, a neuralgia é uma condição de dor crônica e intensa que merece atenção. Por suas características, pode ser confundida com cefaleias, enxaquecas ou tensão muscular, mas se diferencia pela intensidade, recorrência e sensação de choques, queimação ou formigamento 1,4.
Portanto, identificar os sintomas e buscar acompanhamento médico adequado é fundamental para aliviar crises e preservar a qualidade de vida 1,4.
Para cuidar ainda mais do seu bem-estar, confira conteúdos sobre saúde em nosso blog e fique por dentro de dicas e informações essenciais para o seu dia a dia.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, com residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, concluída em 1996. Atuou na liderança de unidades hospitalares e maternidades entre 2004 e 2005, onde adquiriu sólida vivência em gestão médico-hospitalar.
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