Sintomas de cefaleia de tensão: quais são e como tratar?

Os sintomas de cefaleia de tensão envolvem dor persistente e pressão ao redor da cabeça, muitas vezes descritas por quem sente como um “aperto em faixa”. Essa condição representa o tipo mais comum de dor de cabeça e afeta pessoas de diferentes idades e estilos de vida ¹.

Embora geralmente não indique um problema neurológico grave, o desconforto pode interferir significativamente na rotina diária, na concentração e na qualidade do sono ².

Esse tipo de cefaleia costuma evoluir de forma gradual, com intensidade de leve a moderada, sem os sinais neurológicos associados às enxaquecas, como náuseas, aura ou sensibilidade extrema à luz ³.

Mesmo quando é recorrente, muitas pessoas não procuram avaliação médica por acreditarem que a dor é “normal” ou passageira, o que pode atrasar o diagnóstico e prejudicar o controle adequado do incômodo ².

Por outro lado, conhecer os sintomas de cefaleia de tensão ajuda a reconhecer padrões, identificar o que desencadeia a dor e iniciar o tratamento certo com a ajuda de um profissional. Entenda!

Resumo

• Os sintomas de cefaleia de tensão incluem dor em pressão de leve a moderada, geralmente nos dois lados da cabeça, e sem outros sinais neurológicos ^1,2.
• As principais causas desse tipo de cefaleia envolvem estresse, má postura, privação de sono e tensão muscular ^2,4.
• O tratamento pode incluir analgésicos, como a dipirona, desde que com orientação médica, além de medidas não medicamentosas, como massagens e fisioterapia ^1-3,6,8.

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O que é a cefaleia de tensão?

A cefaleia de tensão é um tipo de dor de cabeça que tem como principal característica a sensação de pressão ou aperto em ambos os lados, geralmente sem pulsação e com intensidade leve a moderada ².

Trata-se da forma mais comum de cefaleia primária — aquela que não origina de alguma doença, como tumores ou infecções ^{1, 2} — sem causa estrutural identificável, frequentemente associada ao estresse, cansaço físico, privação de sono ou má postura ^2,4.

Embora sua origem ainda não esteja completamente esclarecida pelos pesquisadores, acredita-se que envolva uma combinação de fatores musculares e neuronais ^3,5. A tensão excessiva nos músculos do couro cabeludo, pescoço e ombros, por exemplo, pode estar relacionada ao início da dor, assim como alterações na sensibilidade dos nervos centrais ^3,5.

A cefaleia de tensão também aparece em frequências distintas: a episódica surge menos de 15 dias ao longo de um mês; já a crônica se manifesta em mais de 15 dias mensais, e por pelo menos três meses consecutivos ^2,4.

Fatores emocionais, como ansiedade e tensão psicológica, também desempenham um papel importante no surgimento desse tipo de cefaleia. Além disso, a ingestão excessiva de analgésicos sem prescrição médica pode gerar um ciclo de dor recorrente e agravar o quadro ^3,4.

Quais são os principais sintomas da cefaleia de tensão?

Os principais sintomas da cefaleia de tensão são:

• dor em pressão ou aperto ao redor da cabeça, como se fosse uma faixa apertada ^2,4;
• sensação de peso na testa, têmporas ou nuca, com dor nos dois lados da cabeça ^2,4;
• intensidade de leve a moderada, que piora ao longo do dia, mas geralmente não impede a realização de tarefas diárias ^3,5;
• ausência de náusea ou vômito, o que a diferencia de outros tipos de cefaleia, como a enxaqueca ^3,5;
• tensão ou rigidez nos músculos do couro cabeludo, pescoço e ombros, especialmente em crises mais longas ^3,4;
• sensibilidade aumentada no couro cabeludo, sem dor latejante ^3,4,5;
• duração variável, de 30 minutos a vários dias, especialmente na forma crônica ⁴.

Apesar de os sintomas de cefaleia de tensão parecerem suportáveis, a recorrência pode impactar a qualidade de vida. Por esse motivo, reconhecer os sinais de dor de cabeça tensional ajuda a buscar o tratamento certo e, principalmente, evitar automedicação prolongada ^2,3.

Quais são os diferentes tipos de cefaleia?

Existem diferentes tipos de cefaleia. A classificação considera as causas, sintomas e frequência. As mais comuns são:

• cefaleia tensional: causa dor em pressão com intensidade leve ou moderada, sem associação a sintomas neurológicos. Fatores emocionais, postura e estresse são os gatilhos mais comuns ^2,4;
• cefaleia em salvas: provoca dor intensa, unilateral, geralmente ao redor do olho, que surge em ciclos (salvas). Pode causar lacrimejamento, vermelhidão ocular e congestão nasal no mesmo lado da dor ^3,5;
• cefaleia cervicogênica: associada a disfunções no pescoço. Gera dor que se irradia para a cabeça e é frequentemente confundida com cefaleia tensional, mas costuma piorar com movimentos cervicais ⁶;
• cefaleia por uso excessivo de medicação: resulta do uso frequente de analgésicos ou anti-inflamatórios. O alívio momentâneo dá lugar ao efeito rebote, o que agrava as crises ^1,4;
• cefaleia secundária: surge como sintoma de outra condição, como sinusite, traumatismo craniano, hipertensão grave ou tumor. Exige investigação médica para tratamento da causa-base ^1,2;
• enxaqueca (migrânea): dor pulsátil, geralmente unilateral, acompanhada de náusea, vômito, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (incômodo com barulhos). Pode incluir aura visual ou sensitiva antes da crise ^3,4.

Entender essas variações ajuda a diferenciar a cefaleia de tensão de outros quadros e facilita a definição do tratamento adequado ^1-5. Conheça outras no artigo: “Tipos de dor de cabeça: classificação, sintomas e como aliviar”

Como distinguir a dor de cabeça tensional de outros tipos de cefaleia?

É comum a confusão entre dor de cabeça tensional e outras formas de cefaleia, como a enxaqueca. No entanto, existem características que ajudam a diferenciá-la com mais precisão e, assim, facilitar o diagnóstico clínico, como ^1,2,4:

• dor bilateral e em pressão, como uma faixa apertada na testa, mas sem pulsação ^1,2;
• ausência de náuseas, vômitos ou sensibilidade à luz e ao som, que são comuns na enxaqueca ^2,3;
• duração variável de 30 minutos a alguns dias, com intensidade de leve a moderada ^1,2;
• padrão episódico ou crônico, e consideração da frequência mensal das crises ².

Reconhecer essas características ajuda a diferenciar os sintomas de cefaleia de tensão de outros tipos de dor de cabeça e descobrir como aliviar a dor e tratá-la corretamente.

O que é bom para cefaleia de tensão? 5 tratamentos!

Descobrir o que é bom para cefaleia de tensão ajuda a aliviar os incômodos e a melhorar a qualidade de vida. Embora o tratamento mude conforme a frequência e intensidade das crises, algumas práticas tendem a ajudar:

• analgésicos simples: paracetamol ou AINEs anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno, são eficazes para episódios agudos, desde que o uso seja com moderação ^1,2;
• relaxantes musculares: para casos de tensão muscular associada, como na área cervical ^1,2;
• técnicas de relaxamento: exercícios respiratórios e meditação ajudam a reduzir o estresse ³;
• terapias físicas: fisioterapia, massagens e alongamentos cervicais podem contribuir para o alívio da dor ^2,3;
• mudanças no estilo de vida: sono regular, pausas durante o trabalho e redução da exposição a gatilhos, como ruídos e luz forte ^1,3.

Apesar de boas alternativas, tenha sempre em mente que é fundamental buscar orientação médica para definir a melhor abordagem, especialmente quando os episódios de cefaleia se tornam frequentes ou interferem nas atividades diárias.

Além disso, muitas pessoas têm dúvidas se dipirona serve para cefaleia ou não, por ser um medicamento de fácil acesso. A verdade é que a automedicação não é uma prática indicada. Somente um profissional da área de saúde é capaz de prescrever o remédio certo para cada tipo de dor. Entenda melhor no próximo tópico.

Dipirona serve para cefaleia?

A Dipirona serve para dores generalistas, pois tem ação analgésica e antiespasmódica eficaz para diferentes tipos de dores, como em casos ocasionais ou associados à tensão muscular ^6,7.

A Neosaldina DIP, por exemplo, tem 1g de dipirona, efeito entre 30 a 60 minutos após a ingestão, e é um medicamento indicado para adultos e para uso pediátrico acima de 15 anos.

No entanto, o uso contínuo ou excessivo da dipirona pode causar efeitos colaterais, como agranulocitose (alterações no sangue), embora a condição seja rara ^6,7. Portanto, o uso deve ter orientação de um profissional de saúde.

Lembre-se de que reconhecer os sintomas de cefaleia de tensão e tratá-los de forma correta, com apoio médico, faz toda a diferença para evitar que a condição se torne crônica e para garantir muito mais qualidade de vida.