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A condição, silenciosa na maioria dos casos, se forma ao longo do tempo e pode passar despercebida até causar uma emergência médica.
Publicado em: 27/04/2022 - Atualizado em: 11/11/2025
Uma dor de cabeça súbita e insuportável pode parecer apenas mais um sintoma passageiro, mas também pode ser o sinal de um aneurisma. A condição, silenciosa na maioria dos casos, se forma ao longo do tempo e pode passar despercebida até causar uma emergência médica 1,2.
Esse quadro pode afetar qualquer pessoa, em diferentes partes do corpo, com graus variados de gravidade. Quando diagnosticado precocemente, há possibilidade de tratamento seguro e eficaz, muitas vezes antes que qualquer sintoma apareça 1.
Nos próximos tópicos, descubra as informações mais relevantes sobre o aneurisma, do diagnóstico aos sintomas, além de causas e tratamentos. Boa leitura!
É uma dilatação anormal de uma artéria, causada por enfraquecimento da parede do vaso sanguíneo, que pode crescer silenciosamente até se romper e levar a hemorragias graves e risco de morte 1,2. Esse enfraquecimento pode ocorrer por fatores como 3:
Com o tempo, a pressão do sangue sobre a parede fragilizada provoca uma expansão localizada, semelhante a uma bolha, que pode atingir diferentes tamanhos 1.
Essas lesões vasculares podem se formar em diversas partes do corpo, embora sejam mais comuns no cérebro (aneurisma cerebral) e na aorta (aneurisma da aorta abdominal ou torácica) 2. A maioria não causa sintomas até que cresça muito ou se rompa, o que torna o diagnóstico precoce um desafio clínico importante 4.
O risco de ruptura aumenta conforme o aneurisma cresce, o que torna essencial o acompanhamento médico e o controle de fatores de risco 2.
A principal diferença entre AVC e aneurisma está na origem do problema: enquanto o AVC é uma interrupção súbita no fluxo sanguíneo cerebral, o aneurisma é uma dilatação anormal em uma artéria que, em alguns casos, pode se romper e causar um AVC hemorrágico 1,2.
O AVC isquêmico, mais comum, ocorre quando há obstrução de uma artéria cerebral por coágulo, o que reduz o fornecimento de oxigênio ao cérebro 1. Já o AVC hemorrágico acontece quando um vaso se rompe e a deformação da artéria é uma das principais causas dessa ruptura 2,3.
Entre os sintomas do AVC estão 1:
No caso de aneurisma cerebral, o sinal mais comum da ruptura é uma dor de cabeça súbita e intensa, descrita como a “pior da vida” 2. Entender a diferença de AVC para aneurisma é fundamental para buscar atendimento imediato e evitar sequelas graves.
A condição costuma se desenvolver a partir do enfraquecimento progressivo da parede de uma artéria, influenciado por fatores genéticos, doenças crônicas e hábitos prejudiciais à saúde. A hipertensão arterial é um dos principais elementos de risco, pois exerce pressão constante sobre os vasos sanguíneos 1,2.
O tabagismo também é amplamente associado ao surgimento de lesões vasculares, já que afeta diretamente a integridade das artérias 2.
A idade avançada, o sexo feminino e o histórico familiar aumentam ainda mais a probabilidade de desenvolvimento. Pessoas com síndromes genéticas específicas, como a síndrome de Marfan ou de Ehlers-Danlos, também fazem parte do grupo de risco 2.
Além disso, condições como aterosclerose, consumo excessivo de álcool e uso de drogas ilícitas podem contribuir para o problema. Por isso, é fundamental compreender o que causa um aneurisma em uma pessoa2.
Embora algumas pessoas apresentem maior predisposição, qualquer indivíduo pode desenvolver um alargamento anormal de vaso sanguíneo ao longo da vida. Isso porque diversos fatores genéticos, adquiridos ou comportamentais, influenciam o enfraquecimento das artérias 1,2.
A incidência aumenta com o avanço da idade, especialmente a partir dos 40 anos, e é mais comum entre as mulheres 2. O tabagismo, a hipertensão e o histórico familiar são elementos de risco importantes 1.
Estudos brasileiros apontam que, entre os pacientes diagnosticados com aneurisma cerebral, cerca de 30% apresentam múltiplas lesões, o que reforça a relevância do rastreio em grupos de risco 5.
Portanto, mesmo que nem todo indivíduo desenvolva a condição, é correto afirmar que qualquer pessoa pode ter aneurisma, principalmente quando existem fatores que aumentam o risco.
Os sintomas variam conforme sua localização e estágio. Muitos não causam sinais até se romperem, mas alguns podem gerar dores localizadas, alterações neurológicas ou desconfortos específicos a depender do órgão afetado 1,2. No caso do tipo cerebral, os sinais de alerta mais comuns incluem 2,4:
Nos casos abdominais ou torácicos, podem surgir dores nas costas, abdômen ou tórax, além de sensação de pulsação na barriga 1.
É importante estar atento aos possíveis sintomas de aneurisma, mesmo que discretos, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações graves.
Entender onde fica a dor do aneurisma ajuda a reconhecer os sinais de alerta e buscar atendimento médico imediato, especialmente em casos de ruptura. Em geral, essa dor surge de forma súbita, intensa e localizada, e varia conforme a localização do vaso afetado 1,2.
No aneurisma cerebral, a dor costuma ocorrer na cabeça, com início repentino e intensidade extrema. Muitas pessoas descrevem como a pior dor de cabeça da vida. Pode irradiar para a nuca e vir acompanhada de rigidez cervical, náuseas, fotofobia e perda de consciência 2,4.
Já nos aneurismas da aorta abdominal, a dor costuma aparecer na parte inferior do abdômen e pode irradiar para as costas ou vir acompanhada de sensação de pulsação abdominal 1.
Quando você compreende onde fica a dor do aneurisma, aumentam as chances de buscar ajuda médica imediata caso necessário e evitar complicações graves.
É uma condição potencialmente grave, principalmente quando não é identificado ou tratado a tempo. A ruptura de uma deformação da artéria pode causar hemorragias internas extensas e levar à perda de consciência, choque e até risco de vida 1,2.
No caso do tipo cerebral, a ruptura geralmente resulta em hemorragia subaracnoide, quadro que exige atendimento emergencial. A mortalidade pode ultrapassar 40% mesmo com cuidados intensivos e muitos sobreviventes ficam com sequelas neurológicas 4,6.
Já a ruptura de um aneurisma da aorta abdominal pode provocar uma hemorragia interna massiva em poucos minutos, com risco altíssimo de óbito antes mesmo da chegada ao hospital 1.
Por isso, é fundamental entender que o aneurisma é grave, especialmente quando não monitorado. O diagnóstico precoce e o controle dos fatores de risco são essenciais para evitar complicações mais sérias 1,2.
É claro que nem todas as dores de cabeça são sinais de aneurisma. As dores ligadas a essa condição geralmente têm duas características específicas: começam do nada e são extremamente fortes 2,4.
Essas dores podem vir acompanhadas de outros sintomas, desde a rigidez no pescoço até perda ou alteração de consciência 4.
Apesar de ser o sintoma mais conhecido, a forte dor de cabeça sozinha não é evidência suficiente para o diagnóstico. De qualquer maneira, ao senti-la, a recomendação é procurar um médico o mais rápido possível. O diagnóstico rápido pode prevenir o rompimento da lesão vascular 2.
A dor de cabeça é um sintoma comum, mas em alguns casos pode indicar uma condição grave, como a ruptura de um aneurisma. O sinal de alerta clássico é uma dor súbita e muito intensa, descrita como a pior já sentida, que surge sem causa aparente 2,4.
Outros sinais que tornam a dor de cabeça preocupante incluem rigidez na nuca, vômitos, alteração da consciência, visão turva ou dupla e sensibilidade à luz 4. Esses sintomas podem indicar sangramento cerebral e exigem atendimento médico imediato.
De acordo com especialistas, a dor causada por esse tipo de lesão vascular tende a alcançar intensidade máxima em poucos segundos. Ao saber disso, você entende quando a dor de cabeça é preocupante, o que pode ser decisivo para evitar complicações e salvar vidas 7.
Não existe uma causa específica para o enfraquecimento da parede de uma artéria que levam a essa dilatação. Entretanto, alguns fatores de risco podem ser evitados, como: tabagismo, uso de drogas (como cocaína) e pressão alta (quando não hereditária) 1,2.
Já outros fatores de risco podem ser tratados, como: nascimento com fragilidade na parede das artérias cerebrais, infecções, dores de cabeça constantes, tumores e lesão cerebral 2,4.
Para evitar sentir dores de cabeça e fazer uma relação equivocada com o aneurisma, é bom saber que alguns desses fatores, como o tabagismo, a pressão alta e o uso de drogas, também desencadeiam dores de cabeça comuns e que podem não ser o extremo da doença 7.
Com o cuidado necessário de entender quais são, essa ação é útil para se atentar à frequência dos sintomas e evitar o desenvolvimento de um aneurisma 2.
A forma mais comum para tratar essa lesão vascular é a cirurgia convencional, em que o cirurgião abre o crânio e faz uma clipagem — como se colocasse um “clipe” na base da dilatação — na parede do vaso sanguíneo 2.
Com os avanços tecnológicos, atualmente, existe outro procedimento menos invasivo que pode ser feito sem abrir o crânio 2.
O tratamento é realizado por um pequeno corte na virilha, com anestesia local, semelhante ao cateterismo: o cateter é conduzido até o cérebro, onde espirais metálicas são colocadas dentro do aneurisma para bloqueá-lo e impedir sua ruptura 2.
Quando se trata de aneurisma, os casos precisam ser avaliados individualmente por um médico. Assim que identificar o tipo de dor de cabeça junto com outros sintomas, é essencial buscar atendimento. Como é um problema que, sem tratamento, pode levar à morte, o acompanhamento com um profissional de saúde é fundamental 2,4.
Trata-se de uma condição séria, mas que pode ser controlada quando há informação, atenção aos sinais e acompanhamento médico adequado 1,2.
Ao adotar hábitos de vida mais saudáveis e procurar orientação médica diante de sintomas suspeitos, é possível reduzir os riscos e proteger a sua saúde vascular.
Se este conteúdo esclareceu suas dúvidas sobre aneurisma, compartilhe com quem também precisa dessas informações e converse com um profissional de saúde sempre que necessário.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, com residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, concluída em 1996. Atuou na liderança de unidades hospitalares e maternidades entre 2004 e 2005, onde adquiriu sólida vivência em gestão médico-hospitalar.
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