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Transmissão da Mpox: saiba como se prevenir contra a doença

Conter a transmissão da Mpox se tornou uma responsabilidade mundial, conforme recomendação da OMS. Hábitos simples ajudam a conter avanço do vírus.

Publicado em: 08/07/2025 - Atualizado em: 08/07/2025

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A velocidade de transmissão da Mpox no continente africano levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em agosto de 2024. O anúncio se deu diante da percepção de que a doença poderia se alastrar para outros países e gerar uma onda de casos no mundo inteiro. 1,2,3

Com essa iniciativa, o órgão visa mobilizar governos e sociedade em torno da prevenção da Mpox, especialmente após a identificação de uma nova cepa do vírus, a Clado 1B. No Brasil, uma paciente de 29 anos recebeu o diagnóstico da variante em fevereiro de 2025, na cidade de São Paulo. Todos esses fatores acenderam o alerta na população e levantaram muitas dúvidas sobre os riscos e possíveis efeitos da infecção.

Saber as formas de contágio é a melhor forma de se proteger. Acompanhe este artigo até o final para conhecer os principais sintomas e práticas simples que ajudam a conter a propagação do vírus.

Resumo

  • A Mpox é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão se dá pelo contato com as lesões de pacientes contaminados ou por fluidos corporais. 1,2
  • Além das famosas lesões na pele, a doença pode causar febre, fraqueza, dores musculares, dor de cabeça e gânglios linfáticos, entre outros sintomas. 2
  • Evitar o contato com pessoas doentes, lavar as mãos com frequência e não dividir objetos de uso pessoal são ações recomendáveis para evitar a transmissão da Mpox. 4

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Como ocorre a transmissão da Mpox?

A transmissão da Mpox se dá pelo contato com as lesões de pacientes contaminados e fluidos corporais, como saliva e secreções respiratórias. Ou seja, gotículas que saem no espirro, por exemplo.

Vale lembrar ainda que se trata de uma doença zoonótica viral, ou seja, também é transmissível entre animais e pessoas. É daí que veio o nome de “varíola dos macacos”.

O primeiro registro do vírus monkeypox em seres humanos foi em 1970, na República Democrática do Congo, em um bebê de nove meses. Desde então, regiões de floresta e áreas rurais do continente verificam casos esporádicos. 4

O período de incubação do vírus, ou seja, o tempo entre a contaminação e o início dos sintomas é de 5 a 21 dias. Além disso, os sinais podem variar de acordo com o paciente. No entanto, o surgimento de feridas dolorosas em regiões diversas no corpo é a característica mais frequente de suspeita de Mpox. 1,2,4

Essas lesões normalmente começam no rosto e se espalham. Podem atingir todos os pontos que tiveram contato com o vírus, como as genitálias. Palmas das mãos, solas dos pés, rosto, boca, garganta e ânus também podem sofrer com as erupções. 1,2,4

Também passam por diferentes estágios, que indicam a evolução do vírus no paciente. Começam como feridas planas, se tornam bolhas que causam coceira ou dor e, por fim, secam e caem.

Diagnóstico da Mpox: conheça os principais sintomas

Os médicos chegam ao diagnóstico de Mpox após avaliação clínica do indivíduo e exames laboratoriais. Em geral, os sintomas mais recorrentes entre os pacientes são:

  • lesões na pele;
  • febre;
  • dor de cabeça;
  • dor nas costas;
  • fraqueza;
  • dor de garganta;
  • gânglios linfáticos inchados, que são as famosas “ínguas”;
  • irritação ou coceira na pele antes do aparecimento de lesões;
  • dores musculares variadas.

A dor de cabeça da Mpox é um desconforto muito comum e pode ter intensidade leve ou moderada e aparece logo nos primeiros dias de manifestação da doença. Analgésicos com substâncias como a Dipirona são capazes de reduzir o problema. Por isso, pode ser confundido com outras questões como um quadro gripal simples, por exemplo.

É possível apresentar outros incômodos, como dor ao urinar, inchaço no reto e dificuldade para engolir.

Dicas de prevenção contra a Mpox

Reduzir a taxa de transmissão da Mpox se tornou uma responsabilidade de todos no combate à doença. 4

Isso porque estudos recentes apontam que a nova variante do vírus tem um potencial maior de propagação. Além disso, especula-se que a taxa de mortalidade poderia chegar a 10%. Vale ressaltar que não houve a confirmação desse percentual até o momento.

Outro fator preocupante é que a disseminação pode ocorrer por meio de relações sexuais, fato que contribuiu para o surto da variante Clado 2, no ano de 2022.

A boa notícia é que medidas simples de higiene podem conter o avanço do vírus. Confira como fazer a sua parte: 2,4

  • evite contato com pessoas doentes ou sob suspeita de infecção;
  • lave as mãos com frequência;
  • não compartilhe objetos de uso pessoal, como pratos e talheres;
  • não divida itens como toalhas, roupas e roupas de cama.

Caso você tenha sido exposto ao vírus e o diagnóstico de Mpox seja confirmado, siga as orientações médicas e respeite o isolamento. Se não puder evitar a convivência com outras pessoas, tome as seguintes precauções: 2,4

  • cubra as lesões com bandagens;
  • não tenha contato físico;
  • abra as janelas de casa para circular o ar;
  • lave as mãos regularmente;
  • use máscara cirúrgica, para que gotículas de saliva, tosse ou espirros não se espalhem pelo cômodo.

Quais são as formas de tratamento da Mpox?

Ainda não existe um medicamento específico para o tratamento da Mpox. Em geral, os médicos priorizam o controle dos sintomas para deixar o paciente mais confortável e prevenir sequelas em longo prazo. Remédios como analgésicos e antitérmicos, além de anestésicos tópicos nas lesões são boas opções para aliviar as dores.  2,4

Diante do surgimento dos sintomas e suspeita da contaminação, é recomendável buscar apoio especializado. A maioria das pessoas têm incômodos leves ou moderados e levam de 2 a 6 semanas para se recuperar plenamente. Ao longo deste tempo, é possível aguardar a melhora do quadro em casa. Basta respeitar os cuidados para que não ocorra o contágio para outras pessoas. 2,4

Depois que as feridas secam, o indivíduo não é mais capaz de causar a transmissão da Mpox.

Já existe vacinação contra a Mpox?

A vacina contra a infecção já existe, mas sua aplicação não é feita de forma massiva em função dos custos. O Brasil distribuiu 29 mil doses desde 2023. A prioridade são pessoas com sistema imunológico enfraquecido, tais como gestantes, lactantes e portadores de HIV.  2

Para ampliar a cobertura da vacinação da Mpox, o país investe no desenvolvimento de um imunizante próprio. O Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já trabalha há dois anos no projeto, que recebeu aval para iniciar a fase de teste em seres humanos.

Por enquanto, a melhor forma de interromper a onda de contágio é prezar pelas ações diárias de higiene pessoal e evitar o contato com pessoas doentes ou com suspeita de contaminação.  2,4

A transmissão da Mpox pode assustar, mas é essencial não se render à propagação de notícias alarmantes ou tendenciosas. Em caso de dúvidas, consulte um médico da sua confiança. Fique calmo e respeite as prescrições do profissional de saúde.

Por fim, mantenha-se informado acerca dos boletins periódicos de órgãos oficiais e contribua para minimizar a propagação do vírus.

FAQ

O que é a Mpox e como surgiu?

A Mpox é uma doença zoonótica viral que surgiu na República Democrática do Congo. A infecção é transmissível entre animais e seres humanos. Desde os anos 1970, são registrados casos da doença no continente africano.

Quais são os principais sintomas da Mpox?

Os principais sintomas da Mpox são:

  • lesões na pele;
  • febre;
  • dor de cabeça;
  • dor nas costas;
  • fraqueza;
  • dor de garganta;
  • gânglios linfáticos inchados, que são as famosas “ínguas”;
  • irritação ou coceira na pele antes do aparecimento de lesões;
  • dores musculares variadas.

Como a Mpox é transmitida?

A transmissão da Mpox se dá pelo contato com as lesões de pacientes contaminados e fluidos corporais, como saliva e secreções respiratórias. Ou seja, gotículas que saem no espirro, por exemplo.

Existe tratamento específico para a Mpox?

Ainda não existe um remédio específico para a Mpox. Em geral, os médicos controlam os sintomas e acompanham a evolução das lesões da pele.

A Mpox pode ser prevenida sem vacinação?

Sim, que medidas simples de higiene podem conter o avanço do vírus. Confira as formas de prevenção:

  • evite contato com pessoas doentes ou sob suspeita de infecção;
  • lave as mãos com frequência;
  • não compartilhe objetos de uso pessoal, como pratos e talheres;
  • não divida itens como toalhas, roupas e roupas de cama.

Quais são as principais formas de transmissão da Mpox?

As principais formas de transmissão da Mpox são:

  • contato direto com lesões na pele ou exposição às secreções de pessoas contaminadas;
  • compartilhamento de roupas, toalhas ou objetos contaminados;
  • relações sexuais sem proteção.

Como diferenciar a Mpox de outras doenças de pele?

As feridas da Mpox começam planas, evoluem para pústulas que causam coceira ou dor e, por fim, secam e caem. A partir deste momento, o paciente já não transmite mais a doença.

Quanto tempo dura o período de incubação da Mpox?

O período de incubação do vírus, ou seja, o tempo entre a contaminação e o início dos sintomas é de 5 a 21 dias.

A Mpox pode ser transmitida por animais?

Sim, porque é uma doença zoonótica viral. Portanto, o contato com macacos contaminados, por exemplo, é um risco para a saúde.

Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, com residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, concluída em 1996. Atuou na liderança de unidades hospitalares e maternidades entre 2004 e 2005, onde adquiriu sólida vivência em gestão médico-hospitalar.

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